Tema de Redação

ATUALIDADES | Efeitos da mudança climática no Brasil e no mundo

Equipe RND
Escrito por Equipe RND em 25 de março de 2019

Há alguns anos, e em especial neste ano de 2019, o Brasil e o mundo tem presenciado mudanças cada vez mais agressivas no clima. Quais as causas e quais as consequências dessas mudanças? E quais as soluções para diminuir e combater tantos desastres? Em seu texto dissertativo, você deverá argumentar sobre o seguinte tema: Efeitos da mudança climática no Brasil e no mundo. Se preferir, você pode, em seu desenvolvimento, tratar também das causas. Na conclusão, não esqueça de propor soluções. Leia os textos de apoio abaixo. Busque outros, caso julgue necessário.

Não deixe de fazer o seu brainstorm -> esqueleto -> rascunho.

Se você está preparando para o ENEM, o ideal é que escreva a sua redação com base nas instruções abaixo, extraídas/adaptadas da prova de 2018:

  • A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
  • O seu texto deve ter entre 7 e 30 linhas. Menos que 7 torna o texto “insuficiente”.
  • Cuidado para não fugir ao tema e não deixe de atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
  • Cuidado para não apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

 

TEXTOS DE APOIO

Texto 1

São várias as consequências do aquecimento global e algumas delas já podem ser sentidas em diferentes partes do planeta. Os cientistas já observam que o aumento da temperatura média do planeta tem elevado o nível do mar devido ao derretimento das calotas polares, podendo ocasionar o desaparecimento de ilhas e cidades litorâneas densamente povoadas. E há previsão de uma frequência maior de eventos extremos climáticos (tempestades tropicais, inundações, ondas de calor, seca, nevascas, furacões, tornados e tsunamis) com graves consequências para populações humanas e ecossistemas naturais, podendo ocasionar a extinção de espécies de animais e de plantas.

(…)

Entre as principais atividades humanas que causam o aquecimento global e consequentemente as mudanças climáticas, a queima de combustíveis fósseis (derivados do petróleo, carvão mineral e gás natural) para geração de energia, atividades industriais e transportes; conversão do uso do solo; agropecuária; descarte de resíduos sólidos (lixo) e desmatamento. Todas estas atividades emitem grande quantidade de CO² e de gases formadores do efeito estufa.

No Brasil, as mudanças do uso do solo e o desmatamento são responsáveis pela maior parte das nossas emissões e faz o país ser um dos líderes mundiais em emissões de gases de efeito estufa. Isto porque as áreas de florestas e os ecossistemas naturais são grandes reservatórios e sumidouros de carbono por sua capacidade de absorver e estocar CO². Mas quando acontece um incêndio florestal ou uma área é desmatada, esse carbono é liberado para a atmosfera, contribuindo para o efeito estufa e o aquecimento global. Mas as emissões de GEE [gases de efeito estufa] por outras atividades como agropecuária e geração de energia vem aumentando consideravelmente ao longo dos anos.

(…)

Existem várias maneiras de reduzir as emissões dos gases de efeito estufa e os efeitos no aquecimento global. Diminuir o desmatamento, investir no reflorestamento e na conservação de áreas naturais, incentivar o uso de energias renováveis não convencionais (solar, eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas), preferir utilizar biocombustíveis (etanol, biodiesel) a combustíveis fósseis (gasolina, óleo diesel), investir na redução do consumo de energia e na eficiência energética, reduzir, reaproveitar e reciclar materiais, investir em tecnologias de baixo carbono, melhorar o transporte público com baixa emissão de GEE, são algumas das possibilidades. E estas medidas podem ser estabelecidas através de políticas nacionais e internacionais de clima. [Leia o texto completo]

Fonte: As mudanças climáticas / WWF Brasil

Texto 2

A intensificação do efeito estufa ameaça tornar o mundo um lugar mais desconfortável. Os detalhes de como irá influenciar o clima, no entanto, permanecem pouco claros. Especialmente por causa dos feedbacks positivos imprevisíveis causados pelo degelo, pelo aumento do vapor de água e pelas mudanças na temperaturas dos oceanos, que podem acelerar a mancha do aquecimento. Uma atmosfera mais quente será também mais dinâmica, com maior intensidade nas tempestades, nas secas, no vento e na chuva. Regiões úmidas se tornarão mais úmidas ; áreas secas, ainda mais secas. O El Niño e as monções asiáticas (ventos fortes do sudeste da Ásia) deverão ser mais violentos. Áreas já afetados pela fome terão menos alimentos, enquanto terras ricas produzirão mais. Alguns ecossistemas migrarão com o clima, enquanto muitos morrerão. Recifes de coral, mangues, florestas tropicais e picos alpinos desaparecerão. O mundo terá de conviver com uma multidão de vítimas das tragédias climáticas, das epidemias e da escassez de água. [Leia o texto completo]

Fonte: Aquecimento Global / aquecimentoglobal.com.br

Texto 3

Dizem que o Código Florestal engessa o crescimento da agropecuária brasileira, que precisa de novas áreas para expandir sua produção; que ele não tem base científica; e é impraticável, prejudicando, sobretudo, a agricultura familiar.

Será? Será mesmo que falta áreas agricultáveis no Brasil para expandir a produção agropecuária? Recente estudo coordenado pela USP mostra que a área cultivada no Brasil poderá ser praticamente dobrada se as áreas hoje
ocupadas com pecuária de baixa produtividade forem realocadas para o cultivo agrícola. Segundo o estudo, a maior parte das terras de elevada aptidão para agricultura já foram abertas. O estoque de terras de elevada e média aptidão hoje ocupadas com pastagens é de 29 milhões de hectares e 32 milhões de hectares respectivamente, totalizando 61 milhões de terras que poderiam ser utilizadas para a agricultura. A pecuária, que hoje cria 0,7 de boi para cada hectare de floresta, pode se desenvolver pela intensificação e ganho de produtividade. Nas vastas áreas disponíveis, a associação de tecnologia com manejo agrícola sustentável e melhor aproveitamento das culturas já implantadas nos dão garantia de segurança de produção agrícola, sem necessidade de afrouxar a proteção ambiental.

Sobre a alegação de que o atual Código Florestal não tem nenhuma base científica, as duas principais instituições científicas do país, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), defendem o código atual e afirmam que a nova proposta baseia-se na “premissa errônea de que não há mais área disponível para expansão da agricultura brasileira” e “não foi feita sob a égide de uma sólida base científica. Pelo contrário, a maioria da comunidade científica não foi sequer consultada e a reformulação foi pautada muito mais em interesses unilaterais de determinados setores econômicos”.

Em duas cartas publicadas na revista Science,pesquisadores da USP, UNESP e UNICAMP alertam ainda que “esta substituição levará, invariavelmente, a um decréscimo acentuado da biodiversidade, a um aumento das emissões de carbono para a atmosfera, no aumento das perdas de solo por erosão, com consequente assoreamento de corpos hídricos, que, conjuntamente, levarão a perdas irreparáveis em serviços ambientais das quais a própria agricultura depende sobremaneira, e também poderão contribuir para aumentar desastres naturais ligados a deslizamentos em encostas, inundações e enchentes nas cidades e áreas rurais”.

Outra alegação bastante usada é que o Código Florestal atual é impraticável, prejudicando, sobretudo, os pequenos produtores e a agricultura familiar. Mas, um recente estudo realizado pelo WWF-Brasil em cinco importantes municípios produtores de maçã, café e uva no Sul e Sudeste do país mostra que o impacto da aplicação das APPs é baixo na produção agrícola analisada. Menos de 5% da produção atual está localizada em APPs de hidrografia e declividade.

Para contrapor a alegação de que o Código prejudica a agricultura familiar, um manifesto assinado pelos principais movimentos sociais e sindicais, como CPT (Comissão Pastoral da Terra), CUT (Central Única dos Trabalhadores),
Fetraf (Federação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar), MAB (Movimento Atingido por Barragens), MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e Via Campesina, afirma que “o texto do (novo) Projeto de Lei é insatisfatório” e ressalta ainda que os pequenos agricultores nunca reivindicaram a abolição da reserva legal para a agricultura familiar, “visto que produzem alimentos para todo o país sem a necessidade de destruição do entorno”. O documento diz ainda que o “Censo Agropecuário de 2006 não deixa dúvidas quanto à capacidade de maior cobertura florestal e preservação do meio ambiente nas produções da agricultura familiar e camponesa, o que só reforça a necessidade de regulamentação específica”. O MMA apresentou, em 2009, uma proposta onde o Estado teria de dar mais assistência à agricultura familiar para que o cumprimento do Código fosse viável e para que as famílias conseguissem tirar proveito econômico das matas preservadas. Desde então, os movimentos sociais aguardam a efetivação dos decretos reguladores para a agricultura familiar. [Leia o texto completo]

Fonte: CÓDIGO FLORESTAL: Entenda o que está em jogo com a reforma da nossa legislação ambiental / WWF Brasil

Texto 4

Canal: WWF-Brasil [ler também o texto aqui]

 

Leia aqui e aqui mais artigos extensos sobre o tema.

 

Boa produção!

Um abraço,
Equipe Redação Nota Dez

 

* A imagem utilizada nesta postagem foi extraída do site DW.

 

 

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