Dica de Redação

Ambiguidade e Polissemia | Não erre na sua redação!

Ena Lélis
Escrito por Ena Lélis em 9 de outubro de 2013

Recentemente, ao corrigirmos um texto, deparamo-nos com a seguinte construção:
“Podemos concluir que, apesar da difícil situação em que se encontra a segurança pública no Brasil, a privada não é o melhor caminho.”

Não é preciso procurar muito para percebermos que a palavra “privada”, assim do jeito que está, causou, além de riso, duplo sentido. Para evitar esse deslize, bastaria repetir o termo “segurança” antes dela.
“Podemos concluir que, apesar da difícil situação em que se encontra a segurança pública no Brasil, a segurança privada não é o melhor caminho.”

 

Foi então que decidimos trabalhar a questão da polissemia e da ambiguidade, assuntos frequentes em vestibulares e concursos. E que geram muitas dúvidas. Qual a diferença entre eles?

 

AMBIGUIDADE
Ocorre quando a colocação de uma palavra ou expressão impossibilita a interpretação clara de um enunciado.

Exemplos:
a) Encontrei Mateus correndo na avenida. (Quem estava correndo?)
b) Candidatos que estudam frequentemente passam nos concursos. (Que estudam frequentemente ou frequentemente passam?)

Repare que as palavras “correndo” e “frequentemente” não possuem duplo sentido nesses contextos. Tornam, isso sim, duplo o sentido da oração.

 

POLISSEMIA
Na polissemia, observamos a utilização de uma palavra ou expressão que nos apresenta mais de um significado. A diferença aqui é que, diferente da ambiguidade, a polissemia aponta múltiplos sentidos de uma palavra/expressão. A partir dela é que o contexto se torna múltiplo.
É um recurso muito utilizado em propagandas, como modo de ressaltar a criatividade.

Exemplos:

    

 

 

É importante deixar claro que tanto a ambiguidade quanto a polissemia podem apontar construções muito criativas ou, do contrário, muito desastrosas. Vai depender do contexto aplicado, para que entendamos se ali houve um deslize ou uma aplicação intencional.

Seguem abaixo algumas gafes cometidas por aí!

 

 

Por fim, fica a famosa frase da famosa modelo Gisele Bündchen:

“Sinto falta da galinha da minha mãe, do peixe do meu pai e da energia do povo brasileiro.”

 

Alguma dúvida? Bate os dedos no teclado e escreve pro contato@redacaonotadez.com.br.

Ah! Clica aqui e lê as dicas das semanas anteriores.

Forte abraço!

Ena Lélis

Olá!

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8 Replies to “Ambiguidade e Polissemia | Não erre na sua redação!”

Eryton Mesquita

Adorei a explicação, me ajudou muito. Obrigado

admin

Que bom, Eryton!
Continue conferindo as nossas dicas de redação.
Um abraço,
Equipe RND

Sarah Cristine Dos Santos

Muito bem explicado .obrigada por me ajudar !

Laerte Clever

Mestre eu adorei a maneira em que está sendo narrado o conteúdo abordado, sinto – agradecido

Ena Lélis

Que bom, Laerte! Fico feliz e igualmente agradecida por você acompanhar as nossas postagens. =]
Grande abraço!

Thallys

Ótimo

Gaby

Amei muito bom kkkk

Ena Lélis

Obrigada, Gaby! 😀