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ATUALIDADES | Desafios do envelhecimento LGBTQIAPN+

Equipe RND
Escrito por Equipe RND em 21 de junho de 2023
ATUALIDADES | Desafios do envelhecimento LGBTQIAPN+

A partir da leitura e reflexão sobre os textos de apoio abaixo, escreva um texto dissertativo-argumentativo no qual você discorra sobre o seguinte tema: Desafios do envelhecimento LGBTQIAPN+. Caso julgue necessário, busque leituras adicionais.

Não deixe de fazer o planejamento da sua redação.

TEXTOS DE APOIO

Texto 1

A discriminação e a violência às quais estão expostas essas pessoas têm consequências dramáticas: o risco de depressão é cinco vezes maior, assim como de manifestações de disfunções sexuais, distúrbios alimentares, abuso de substâncias psicoativas e isolamento social. No ambiente social, com frequência a rede de suporte familiar é comprometida, porque o jovem ou adulto LGBT se afasta, mas a lista de problemas não para aí. A homofobia impacta a escolaridade – muitos abandonam os estudos por causa do bullying – e faltam locais de lazer acolhedores. Quando envelhecem, gays e lésbicas acabam não recebendo benefícios previdenciários quando o cônjuge morre e, se são obrigados a se recolher a instituições de longa permanência, enfrentarão novos preconceitos.

(…)

a homossexualidade e bissexualidade femininas. Mostrou que, de acordo com o dossiê da Coordenação de DST/Aids do Ministério da Saúde, entre as mulheres heterossexuais, a cobertura de exames preventivos realizados nos últimos três anos é de quase 90%; entre as lésbicas e bissexuais, não chega a 67%. “Cerca de 40% não revelam sua orientação sexual. Entre as que revelam, 28% afirmam que, depois disso, o atendimento é feito de forma mais rápida”, lamentou.

Esse grupo acaba tendo risco aumentado para câncer de mama, colo de útero e ovário, porque se submete a um menor número de exames para o rastreio da doença. Os motivos? Medo da discriminação e também a negação do risco: como o sexo é feito com outras mulheres, muitas acham que estarão menos expostas ao câncer no colo do útero, por exemplo. “Deixamos de alertar essas mulheres em relação ao uso de proteção para o sexo seguro: há recursos como calcinhas de látex e o uso de luvas para penetração com dedo”, explicou a médica [Dra. Roberta Parreira].

O quadro é ainda mais grave para o grupo trans. Constrangimento e atendimento discriminatório acompanham os transexuais, cuja expectativa de vida é muito baixa, em torno de 35 anos. A utilização de hormônios e de silicone industrial traz efeitos adversos e os profissionais de saúde não se sentem preparados para atender uma mulher que tem próstata e inclusive pênis, se não tiver realizado cirurgia de redesignação sexual.

Fonte: TAVARES, Mariza. Desafios do envelhecimento LGBT mobilizam profissionais de saúde / Portal G1

Texto 2

Enfrentamos o preconceito, o estigma, a discriminação e a violência contra nossa comunidade. Na idade média, nós éramos considerados doentes ou éramos considerados pecadores. Muitos de nós fomos queimados na fogueira. Depois colocaram a gente como criminosos. Inclusive, ainda há 70 países no mundo onde é crime ser homossexual. Éramos considerados doentes até dia 17/05/1990, quando a Organização Mundial da Saúde retirou código 302.0. Então há esse tipo de preconceito. As pessoas acham que nós somos pecadores ou fora da norma. Existe uma norma em que o correto e normal é ser heterossexual. Essas são as duas grandes barreiras, a heteronormatividade e as questões do fundamentalismo religioso.

(…) a nossa cultura promove muito a juventude e a saúde, diferentemente da cultura japonesa ou chinesa, em que os mais idosos são muito respeitados. Então, há um duplo preconceito em relação às pessoas idosas. Inclusive, acabam não saindo. Ficam mais em casa por causa dessa desvalorização da pessoa homossexual com mais idade.

(…) Como a pessoa não casa, apesar de agora já estar melhorando, tem muita gente que não tem filhos e acaba muitas vezes indo para um abrigo ou uma casa de repouso onde tem que “voltar para o armário”.  A pessoa viveu a vida inteira abertamente com sua sexualidade e, quando vai para essas casas de abrigos, muitas vezes ligados a questões religiosas, é obrigada a “voltar para o armário”.

Fonte: Entrevista com Toni Reis, Diretor Presidente da Aliança Nacional LGBTI+ / MADU Rede Bem Estar

Boa produção!
Um abraço,
Equipe Redação Nota Dez

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