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ATUALIDADES | Os impactos do fanatismo para o indivíduo e a sociedade

Equipe RND
Escrito por Equipe RND em 1 de novembro de 2022
ATUALIDADES | Os impactos do fanatismo para o indivíduo e a sociedade

A partir da leitura e reflexão sobre os textos de apoio abaixo, escreva um texto dissertativo-argumentativo no qual você discorra sobre o seguinte tema: Os impactos do fanatismo para o indivíduo e a sociedade. Caso julgue necessário, busque leituras adicionais.

Não deixe de fazer o planejamento da sua redação.

TEXTOS DE APOIO

Texto 1

Qualquer experiência que envolva fãs e devotos com intensa paixão e emoção está a um passo do fanatismo. O termo fanatismo, do latim fanaticus, “o que pertence a um templo (fanum)”, foi utilizado a partir do século XVIII para se referir a pessoas que seriam partidárias extremistas, exaltadas e acríticas de uma causa religiosa ou política. O grande perigo do fanatismo consiste na certeza absoluta e incontestável que o devoto tem a respeito de suas verdades. Detentor de uma certeza que lhe foi revelada por uma divindade ou por um líder (portanto, não uma verdade qualquer, mas A verdade), o fanático não age com a razão quando defrontado com posições diferentes ou questionamentos daquilo que defende. São características do fanatismo a irracionalidade, o autoritarismo e o agir passional, frequentemente agressivo.

Fonte: CUNHA, Magali. Há alguma coisa no fanatismo? / Carta Capital

Texto 2

O significado mais comum do conceito de fanatismo diz respeito a um excesso de admiração ou zelo cego e veemente em relação a alguma coisa, é um sentimento de cuidado excessivo que não raramente produz desprezo e intolerância para com qualquer elemento diferente em qualquer campo ou domínio a que esteja associado. A forma de fanatismo que mais frequentemente vem à mente de quem ouve esta expressão é o fanatismo religioso, que pode ser verificado tanto na história do cristianismo no ocidente quanto nas guerras provocadas por diversos grupos radicais muçulmanos no Oriente Médio durante os séculos XX e XXI, por exemplo.
Outra forma de fanatismo, no entanto, veio à luz ainda no início do século XX e demonstrou ser tão perigosa e resistente quanto o fanatismo religioso, perdurando até o presente século: o fanatismo político. Nele, em nome da adesão a um partido, uma ideologia ou um movimento político, abolem-se os limites humanos na política enquanto divinizam-se tanto certas concepções políticas quanto os indivíduos que as encarnam. Nesse sentido, o fanatismo político acaba por assemelhar-se ao fanatismo religioso, onde a ideologia ou o indivíduo que a encarna assumem o lugar de Deus, detentor da verdade absoluta.

Fonte: SCHMAELTER, Matheus Maia. Fanatismo / InfoEscola

Texto 3

E torcer no futebol surge como o mais novo fundamento para atitudes antissociais e violências, não só contra simpatizantes dos times “inimigos”, mas também contra determinados grupos étnicos, mulheres, homossexuais e migrantes. Os hooligans e os membros das torcidas organizadas no Brasil são evidentemente sujeitos fanáticos. Num tempo de perplexidade, em que olhamos para as conquistas da humanidade, por um lado, mas vemos, por outro, os homens exibindo sua face mais cruel, é muito importante analisar as várias das diversas faces que o fanatismo adquiriu ao longo do tempo e em contextos distintos. Numa época de homens-bomba, atentados terroristas, manifestações racistas, ações extremistas, pensar o fanatismo é atual, relevante e urgente.

Fonte: PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla. O fanatismo na história. / Tribuna – UOL

Texto 4

Fanatismo esportivo, principalmente pelo futebol, político ou religioso podem ser perigosos, porque às vezes a pessoa acha que ideias derivadas desses assuntos irão resolver todos os problemas da vida dela. Reforço que essas pessoas não estão abertas para um debate democrático. E a vida é muito complexa, ou seja, nada pode se esgotar em um pensamento ou em um modelo. (…) Traçando um diagnóstico psiquiátrico, o fanatismo se aproxima mais de um quadro psicótico. Ele poderia se incluir em uma situação de transtorno delirante persistente. O grave é que os fanáticos podem viver em prol de uma causa. Eles tentam impor suas crenças para as outras pessoas, podendo inclusive ter comportamentos agressivos. Então eles vão sempre querer ficar perto de pessoas que têm opiniões semelhantes e, de um modo geral, isso causa o empobrecimento da vida. (…) O fanático com o futebol, por exemplo, geralmente tem um comportamento agressivo, até violento. Ele pode se juntar a determinados grupos e o questionamento se tornar ainda mais complicado, mesmo de pessoas próximas a ele. Em grupo, o fanático é mais perigoso, e essa “reunião de pensamentos similares” pode gerar uma ruptura do tecido social do indivíduo.

Fonte: NEVES, Fernando. O fanatismo e os riscos para a saúde. / Site institucional da Faculdade de Medicina da UFMG

Texto 5

Amoz Oz – Como inicia o fanatismo (e como curá-lo) / Canal: Fronteiras do Pensamento

Boa produção!

Um abraço,
Equipe Redação Nota Dez

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